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O adolescente malsucedido na fabricação de líquidos se tornou um gênio na criação de inusitadas formas sólidas. Ao longo dos anos, Frank Gehry, canadense naturalizado americano, alcançou a reputação de um dos maiores talentos da arquitetura contemporânea. Seu nome é de imediato associado ao Museu Guggenheim instalado às margens do rio Nervión, em Bilbao, na Espanha: uma enorme estrutura-escultura de blocos ortogonais de pedras calcárias, moldada por curvas em escamas retorcidas de titânio luminoso e lâminas de vidro. Inaugurada em 1997, a original construção catapultou o arquiteto ao estrelato e revitalizou a cidade industrial catalã. O museu deflagrou o chamado “efeito Bilbao”, e despertou a inveja e o interesse de outras cidades pelo mundo, que passaram a aspirar a semelhante consagração. “Quando vi o museu pronto, disse: ‘Meu Deus, o que eu fui fazer para essas pessoas?’”, confessou Gehry certa vez.
 Por conta da notoriedade proporcionada pelo museu espanhol, entre as mais de 130 demandas recebidas por projetos similares, também houve uma sondagem de brasileiros.
Sua projeção internacional foi confirmada pela singularidade arquitetônica do Walt Disney Concert Hall, erguido em Los Angeles em 2003, e considerado uma obra-prima visual e acústica. Seu portfólio inclui ainda preciosidades como a Casa Dançante, em Praga; o Centro Stata, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), ou a Torre Beekman, em Nova York. Sua infinita curiosidade o levou também a explorar o design de móveis ou de coleções de joias para a grife Tiffany.





Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2010/12/11/a-arquitetura-metafisica-de-frank-gehry-348438.asp